Se fosse responder por mim, eu diria que a melhor motivação para um escritor está na vaidade. Excluindo a adolescência, em que talvez tenha sido verdadeiro o ideal que presumi mover-me, reconheço que o que há tanto tempo vem me levando a escrever é o desejo de ver recompensadas a fome e a sede do meu ego. Atirem-me um osso, ofereçam-me uma tigelinha de água, e eu o apanharei e a tomarei como nunca antes um cão abocanhou ou bebeu osso nenhum e nenhuma água. Mas me aplaudam, me façam festa. Mintam, mas me chamem de artista.
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