"Agora, é a noite;
O sol desce,
Escorrendo no horizonte o fulgor dos seus ouros;
A cidade, vagarosa, abandona o murmúrio
E docemente se mistura ao sopro que a afaga.
No entanto, creio ver uma planície fúnebre
E estou na escuridão. É outubro e tudo é plano,
Os pilares da noite ameaçam ruir,
Enchendo o negro céu e a abóbada de tormentas."
(Do poema "Como um fantasma repentino", extraído do livro O vento da noite, tradução de Lúcio Cardoso, Civilização Brasileira.)
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