Dos outros agora são
As alegrias da cama,
O fogo súbito, a chama,
Os gozos, a possessão.
Dos outros é agora a mão
Que toca, pede, reclama,
A boca que grita que ama
E exige a consumação.
Ontem era ele que arfava,
Que estremecia, gozava
E sempre queria mais.
Hoje ele lembra somente
De tudo só vagamente
E bem sabe que jamais.
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