Depois das refeições, o conde Olof levantava-se, ia até onde a condessa estava sentada, beijava-lhe o rosto e saía da sala para fumar. Era tudo sempre igual. Uma noite, ele tinha dado alguns passos, depois do beijo, quando a condessa o chamou. "O que você quer?", ele perguntou, contrariado. Ela insistiu: "Vem aqui." Ele se reaproximou. Ainda sentada, ela puxou seu rosto e cochichou alguma coisa. O conde olhou para mim. Parecia aflito. A condessa cochichou de novo. Ele, então, como se cumprisse uma sentença, a beijou no ombro. Ela deu um suspiro longo. Quando o conde finalmente saiu, imaginei que ela fosse olhar para mim. Não olhou. Eu me retirei, sem esperar que ela me concedesse a permissão.
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