De certos presentes que nos deram, guardamos hoje só um fitilho, um enfeite externo da embalagem, o papel de seda dobrado e posto no fundo da gaveta. Assim também costumam ser os sonetos, quase todos os que lemos. Deles ficam um verso, uma rima feliz, um som, um ritmo, alguma coisa que mesmo as caixinhas baratas de música oferecem. Ah, Shakespeare, ah, Camões. Com que demônio vocês fizeram o pacto?
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