Como ontem, os latidos da cachorrinha se aproximam. Ele está no mesmo banco da praça e espera que, como ontem, ela pare e, depois de lhe cheirar as meias, se deite sobre seus pés. E que, com o mesmo suspiro de censura à cachorrinha, a mulher jovem e atlética se sente ao lado dele e, ao pegar a garrafa de água, encoste o cotovelo no dele e o mantenha ali com uma intensidade e uma duração que ele ontem julgou um tanto excessivas e gostaria de ver hoje confirmadas.
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