Luxúria ainda é uma palavra que acende algo nele. Mas não mais a chama que o deixou febril quando, menino, teve a revelação de que nela estava a inquietante essência de todos os pecados. Hoje ele, na maturidade de suas sete décadas, sabe lidar melhor com ela. As pernas já não lhe tremem tanto e o coração não dispara tão estouvadamente quando ele começa a abrir, com as mãos ansiosas, a tampa do xarope.
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