Teve ciúme do defunto, dos elogios que lhe faziam, das virtudes que inventavam para ele à medida que se estendia o velório. Procurou alhear-se e teve sucesso até o momento em que alguém disse que com o defunto morria também a poesia brasileira. Então ele resmungou: a pior parte. Receando que o tivessem ouvido, gritou: a melhor parte. E puxou uma salva de palmas.
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