Se me perguntassem o que RD fazia na época em que nos víamos todos os dias, eu precisaria responder, prosaicamente, que ele fazia o que todos supostamente faziam ou deveriam fazer numa biblioteca. Ele lia, lia, lia, talvez não tanto quanto viria a dizer depois, quando uma súbita e fugaz notoriedade o levou a dar uma entrevista, mas certamente lia muito. Éramos ratos, traças, ou qualquer outra denominação capaz de definir seres estúpidos o bastante para desperdiçar com falsas expectativas o irrecuperável dom da juventude.
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