"Sabe qual é a única coisa que um escritor não pode deixar de ter?", RD me perguntou numa daquelas manhãs.
"Talento?"
"Não."
"Inspiração?"
"Não."
"Perseverança?"
"Não."
"Uma amante?"
"Não."
"Duas?"
"Não", ele sorriu.
"Desisto."
Ele substituiu o sorriso por um olhar triste.
"Um escritor precisa de publicidade, de barulho, de escândalo."
Depois de conceder o tempo necessário para que a surpresa se manifestasse em meu rosto, ele disse:
"A literatura é uma coisa nojenta."
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