O tempo foi cruel com ele. Alguns poucos anos atrás, palavras como luxúria, mesmo que usadas no mais frio dos contextos, em três segundos o alvoroçavam e em mais três o deixavam em estado de ebulição. Hoje, ele pode ler luxúria uma, duas, cem vezes, e até pronunciá-la com a mais pecaminosa das intenções. É como se o mais santo dos homens estivesse dizendo as primeiras palavras do mais sagrado dos cânticos.
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