Raul Drewnick
terça-feira, 4 de setembro de 2018
"Fim", de Mário de Sá-Carneiro
"Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos berros e aos pinotes -
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços a acrobatas.
Que meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro."
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