Se existe quem, tendo ciência
Das artimanhas do amor,
Se entrega a ele sem pudor,
Negando a própria consciência,
E insistindo nessa insciência
Chama-o de meu grão-senhor,
De ente único e superior,
De majestade e excelência,
Que seja logo ferrado,
Ao coche real atrelado
E que possa, relinchando
O seu melhor relinchar,
Seu querido amo louvar,
Em passo curto ou trotando.
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