Ele sonha escrever um poema que fosse como uma laranja que a bem-amada partisse so meio, chupasse e depois cuspisse displicentemente as sementes, semente a semente, na terra. Da árvore que ali nascesse ele colheria laranjas que, mordidas carinhosamente por ele e chupadas por sua boca, pareceriam ter, além da própria, a inquietante doçura dos lábios dela.
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