A bunda errada
Com tantas bundas na praça, foi escolher uma enjoada, cheia de não me toques, para quem fez disparatados poemas que falavam de nádegas de alabastro e com quem, embora muito quisesse, não fugiu para a Índia. Foi há muito tempo, tanto que parece ter sido em outra vida. Porém ainda hoje, e mesmo depois do relato de quem lhe garantiu que aquele objeto, para ele sagrado, soa como uma corneta desafinada, acha ainda que, se o tocasse, teria o som fluido e cristalino de uma flauta, se ele soubesse soprar o furo certo.
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