Como leite nos degraus
Encher as mãos com aquelas coxas, com aquela riqueza morna e aveludada. Depois beijá-las, as coxas e as mãos que as acariciaram, e, antes de se enfiar no corpo palpitante, concentrar-se para acreditar que aquilo tudo é real e para que a seiva espere o tempo certo para escorrer como o leite que, escapando da jarra na escada, comece a descer aos solavancos pelos degraus.
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