Uma das mais inquietantes lembranças que tem do tempo de menino é a do dia que passou na casa da avó. Saindo para as compras, ela o deixou com a empregada. Esta (Lívia, Nívea, Lídia, qual era mesmo o nome?) o empurrou imediatamente para o quarto, ficou nua em um minuto, esparramou-se sobre a cama e ordenou: vem, franguinho, me come. Tantas décadas depois, não sabe dizer com certeza o que aconteceu. Lembra-se-se apenas de ter sido esmagado num abraço do qual, menino educado que era, saiu com forças ainda para dizer obrigado, Lívia, ou Nívea, ou Lídia.
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