Sedosamente
Ele tem uma fantasia que o faz pensar se numa encarnação anterior não viveu num ambiente aristocrático. Estão nus na cama, ele e uma mulher. Ela é uma condessa; ele, um lacaio. Ela só permite que ele a toque com as mãos enfiadas num par de luvas de branquíssima seda, que ela lhe empresta. Ele a toca, toca, toca. Ela permanece quieta. Parece uma estátua, bela estátua. Até o momento em que, tocada finalmente no ponto exato, ela lhe prende a mão, lhe arranca a luva e se abre para os dedos agora libertos. Com a outra mão, a enluvada, ele acaricia os cabelos dela, seda com seda.
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