Quando eu escrevia crônicas, parecia um político em campanha. Cumprimentava os postes do meu bairro, conversava com as árvores, assobiava para os cachorros. É o que há de melhor em ser cronista: essa camaradagem com tudo, essa impressão de que nem sempre a literatura precisa ser a tia que, para não manchar a pele, evita expor-se ao sol.
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