Chamou-a de bonequinha,
De meu sol, de meu amor,
De gata, minha gatinha,
De passarinho e de flor.
Chamou-a sempre de tudo
Que o romantismo ditou,
Louvou-a muito, contudo
De mulher nunca a chamou.
Quando ela, já enfadada,
Lhe disse adeus, obrigada,
O mundo dele ruiu.
Olhando-a, ordenou: putana,
Pegue a mala, a cuia, a xana,
Vá pra puta que pariu.
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