Você dizia aquela palavra de sempre e ela despertava um demônio sedento de sexo. Ele se atirava aos seus pés com seus dois metros e punha-se ao seu dispor. Quero tudo, você lhe ordenava, e ele lhe dava tudo até você acordar. Era o seu sonho preferido naquela época. Com pequenas variações, repetia-se. Tantos anos depois, você gostaria de pôr o pé novamente no pescoço do escravo e lhe ordenar: quero tudo. Ele a esqueceu, o formidável e incansável homem, tão diferente daquele que esparrama a carne gorda de marido sobre você, nas noites de sexo protocolar.
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