Há os poetas épicos, que com seus brados libertários derrubam os passarinhos das árvores, e há os poetas de miudezas. Estes abrem a maleta de mascate e esparramam sobre a mesa seu conteúdo. São quinquilharias, restos inglórios de um caleidoscópio desmontado. Coerentes com sua modéstia, não emitem som nenhum, não cintilam, nem sequer brilham. Mas olhos e ouvidos habituados à poesia fazem abrir-se um sorriso nos lábios do observador.
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