O poeta não diz mais a palavra amor. Receia contaminá-la com seus lábios espúrios. Guardada no coração como um segredo, ela há anos espera ser pronunciada num sonho, escapar e, levada por uma brisa generosa, apossar-se de uma boca jovem que a transmita a outra boca jovem e apaixonada, que a receba como o mais capitoso dos frutos.
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