Às vezes, a esperança resolve tentá-lo novamente e põe diante dele uma cena que o emociona: uma criança maltrapilha, um cego vendendo vassouras, um gato atropelado. Seus olhos se enchem de lágrimas, como tantos anos antes, e ele sente o apelo da poesia. Mas não lhe vem um verso, como se ele não fosse o homem que, quando jovem, teve a presunção de se dizer poeta.
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