É um tipo esquisito. A primeira coisa que faz toda manhã, ao sair de casa, é olhar para o céu. Dizem que assim ele cumprimenta o sol e há quem, por isso e por outros gestos estranhos, o chame de poeta. Na mesma rua mora um rapaz de vinte e poucos anos, com dois livros publicados, em quem os vizinhos reconheceriam um poeta, se ele tivesse o hábito de desejar bom dia ao sol.
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