Lembra-se da poesia, como um homem de oitenta anos se lembra de sua namorada de infância. Ora ela se chama Vera, ora Priscila, ora Letícia, ora nem Vera, nem Priscila, nem Letícia. Se hoje ela lhe aparecesse com a idade que tinha na época, ele talvez a reconhecesse e abrisse para ela um sorriso que há oito décadas vem murchando.
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