O primeiro morto que vi de perto, por volta dos meus dez anos, era um vizinho gorducho, lento, quarentão, e eu me lembro da perplexidade que senti. Não conseguia compreender como a um personagem tão inexpressivo podia acontecer algo tão extraordinário. Era como se ele fosse um usurpador, um aproveitador de glória alheia.
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