Não sei dizer há quanto tempo anda comigo, respira meu ar e dorme em minha cama o assassino que me fere e me matará. Vocês o conhecem e, se não pronunciam as seis consoantes e três vogais do seu nome, é por temerem que, invocado, ele lhes entre pela garganta e amesquinhe suas palavras, como aconteceu comigo, e agite seus braços como os de um boneco de posto de gasolina, e lhes moa o cérebro, como fez com o meu, e os leve a tropeçar em cada passo, e a estatelar-se, e a ajoelhar-se, e a implorar inutilmente por clemência.
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