Clara viu a barata se esgueirar no canto da sala. Mais cinco segundos e ela alcançaria a escuridão da cozinha. Clara hesitou, mas logo, como se tivesse notado a barata só naquele instante, deu um grito de horror, e todos os convidados para o jantar sorriram e disseram que aquilo não era nada, tentando não constranger a anfitriã, Débora, aquela mulher dissimulada que havia conquistado o homem por quem Clara era apaixonada e agora o exibia quase todas as noites, arranjando pretextos e meis pretextos, como aquela esdrúxula comemoração de primeiro mês de casamento.
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