Quando o investigador, dois meses depois do sumiço do velhote, foi perguntar à desconsolada mulher do desaparecido se por acaso ele não era conhecido também pelo nome de Esdras, pois haviam encontrado em Uberaba um senhor com esse nome, a velha mulher disse que não, que o nome dele era mesmo Lélio ou, para os mais chegados, Lelito. A empregada, na cozinha, lembrando o mau gênio e a falta de educação do desaparecido, teve vontade de ir à sala e sugerir que talvez valesse a pena, se porventura se achasse um velho tão desanimadoramente parecido com aquele, assobiar, porque aí ele certamente latiria e, quem sabe, morderia até.
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