E todo ano, quando o dia chegava, comemorava a súbita covardia que tinha se apossado dele e da mulher com quem havia feito um pacto de morte quase uma década atrás. Solitário e devagar, bebia um copo de vinho e alegrava-se por estar vivo. Fazia anos que não via a antiga amada, mas sabia que ela estava bem, havia casado com o dono de um supermercado e, se tivesse também o hábito de comemorar a data, certamente poderia naquela hora estar tomando uma taça do melhor champanhe francês.
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