Naquela manhã, uma das primeiras da primavera, os passarinhos jovens saltavam de galho em galho e de árovore em árvore, tagarelavam e cada um deles cantava o que imaginava ser a melhor homenagem ao amor. O passarinho mais velho, que havia muito não falava com os outros, entusiasmou-se e, dizendo-lhes o que achava do amor, anunciou que cantaria também em homenagem a ele. Assim que pipilou as notas iniciais, foi alvo da zombaria dos mais jovens. Aquilo parecia ou uma cantiga de ninar ou um ardil para atrair minhocas.
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