Frustrado pelo amor, voltou-se para si mesmo e julgou que, retendo a ternura antes oferecida à amada, se amaria tanto que não precisaria ser amado por ninguém. Era tolo, mas não idiota. Analisando-se para descobrir por que a amada não lhe reconhecera as qualidades, logo se viu como na verdade era: um egoísta. Mas insistiu no seu amor por si mesmo, porque, agora que conhecia esse e outros abomináveis defeitos seus, lhe parecia óbvio que abster-se de submeter alguém a eles era, afinal, um ato de generosidade.
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