Levava uma rosa, ora na mão direita, ora na esquerda, porque, embora estivesse perto, ainda não decidira qual usaria quando chegasse o momento de dá-la à namorada. Olhava para todos os lados, quase rezando para que nenhum dos gaiatos do parque o visse com a flor. Estranhou não ver a namorada no banco de sempre. Sentou-se e, olhando ao redor, ele a viu pegando um pacote de pipocas, enquanto o garoto ruivo pagava ao pipoqueiro. Teve tempo de sair furtivamente do parque com a rosa, a primeira de tantas dádivas que viria a oferecer inutilmente ao amor.
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