Criou ojeriza a palavras como rouxinol, cotovia, prelúdio, arco-íris, crepúsculo, arrebol. Criou ojeriza a músicas melosas, ao som do violino, às flores da primavera, às folhas do outono e aos poemas de amor. Viveu para fulminar com sua ira qualquer coisa que lhe parecesse manifestação de sensibilidade ou sentimento. Um dia, criou ojeriza às suas ojerizas e sentiu que não tinha mais por que viver.
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