Amante dos antigos e também dos modernos filmes de amor, seu sonho inconfessado, por muito tempo, foi o de ser chamada de baby por um homem. No começo, imaginava a cena à luz da lua, num transatlântico. Depois, diminuiu as exigências e bastaria que alguém a chamasse de baby, mesmo que fosse dentro de um ônibus ou lotação. Nunca esse sonho se cumpriu e talvez por isso ela, três vezes casada, não apareça sorrindo em nenhuma das fotos dos casamentos, guardadas em três álbuns que ela só mostra se lhe pedem muito. Viúva, continuará assim, porque provavelmente nenhum dos homens que ainda a olham com alguma esperança a chamará, enfim, de baby.
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