Nunca mais descerá do metrô, subirá a escada rolante e sentirá aquela ansiedade aflita de atravessar logo a Augusta e, quase correndo pela calçada, enfiar-se na galeria, entrar na livraria e se deixar tomar pela imponência das estantes, e ir de uma à outra, passar por todas e voltar a percorrê-las, e lastimar o momento em que, precisando sair, sempre saiu, apesar do que levava na sacola, como alguém que estivesse sofrendo a mais dolorosa perda e cometendo a mais abjeta das traições.
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