É velho, muito velho, mas sente-se e age como se fosse uma donzela. Por amor, tem febres, delírios, pré-desmaios, chiliques. Faz versos de manhã, à tarde, à noite e, se de madrugada o aflige a insônia amorosa, faz mais versos. Diz-se romântico. Dizem-no ridículo. Seja o que for, pobre-diabo, ele continua, dia após dia, produzindo o mel aguado da velhice.
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