Nos outros dias do ano, pouco se lembra. Mas todo 31 de dezembro, quando vai se aproximando a meia-noite e o momento de brindar com champanhe, ele recorda um réveillon antigo, quando o ímpeto da juventude o fez duelar por uma mulher com outro rapaz, cada um segurando na mão um gargalo de garrafa espatifada. Passa a mão no rosto, sobre a cicatriz, e lembra-se, quase sem rancor, da expressão tripudiante do rapaz. Mas não se lembra do nome da mulher por quem duelou. Era alguma coisa assim como Ísis ou Tamíris. Ou Magnólia.
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