Estava sempre, das tantas da noite às tantas da madrugada, embaixo do mesmo poste de luz fosca, ideal para sugerir o que tinha de bom seu corpo e para ocultar o que não tinha. Ficou ali, constante paisagem de extravagantes roupas, por duas décadas. Mas, quando o quarteirão foi tombado pelo patrimônio histórico, algum burocrata descuidado esqueceu-se de arrolar seu nome - Zélia, ou Ruivinha - na lista do que seria preservado.
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