Ele ficou esperando que algo extraordinário ocorresse na cafeteria - um grito de socorro, de fogo ou de revolução - ou algo prosaico, quem sabe um garçom estatelando-se com a bandeja e fazendo meia dúzia de pãezinhos de queijo voar como garças assustadas - para que ela desviasse por um instante os olhos dos olhos dele. Porque nada aconteceu, ele se deixou transformar em uma estátua. E quem o viu assim metamorfoseado disse que ele estava muito bem: seus olhos brilhavam agora mais e o sorriso agradecido nem parecia mais o dele.
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