Como devem rir, ainda, daquelas palavras que, antes de escrevê-las, ele banhava no que de mais puro tinha na alma. Como ela deve mostrá-las aos amigos, às amigas, tirando-as uma a uma da caixinha, e que sucesso cômico elas obtêm sempre, quando as conversas já se cansaram das miudezas do dia a dia. "Ouçam", diz ela, "ouçam", e relê aquelas aflições, aquelas tristezas, aquelas pungências que o mataram, aqueles termos cheios de comoção e de lágrimas que ele lhe mandava, quando os outros, os que punham de ponta-cabeça o coração dela, só lhe diziam (quando diziam) "vamos lá, benzinho?"
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