Manhã, por que desperdiças comigo teu sol majestoso? Por que cantam para mim teus pássaros? Por que me ofusca os olhos teu trigo maduro? Manhã, bate à porta de outra casa, qualquer uma. Encontrarás decerto alguém que te louve os encantos, mesmo sabendo, como eu desgraçadamente sei, que duras tão pouco, manhã, e que logo atrás de ti vem a tarde sonsa e, depois dela, com seus passos silenciosos e traiçoeiros, a noite, que devora teu sol, teus pássaros e teu trigo.
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