Viu o fruto tardio num quase início de noite, quando não tinha mais forças para puxá-lo da árvore. Continuou seu caminho, mas, já dez passos adiante, o que era resignação se transformara em revolta. O fruto, o fruto, só pensava no fruto, e censurou Deus por não tê-lo cegado, por não tê-lo matado antes que, com o sol já quase se afogando no horizonte, visse, balançado demoniacamente pelo vento, o fruto, apetecível como um pecado e zombeteiro como uma maldição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário