Tuas palavras de ontem - amor, ternura, afeto - duraram o que duram as bijuterias: o tempo de se oxidarem, se tornarem opacas e reproduzirem não mais o alvoroçado canto dos bem-te-vis, mas a voz rouca das aves agourentas. Ai delas, pobres palavras que um dia se atreveram a celebrar o riso das manhãs e a primavera.
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