A vida se diverte conosco. Enfia-nos no seu labirinto e nos mantém ali, andando, andando. Quando paramos, porque nos parece impossível haver saída, ela nos provoca com um filete de sol que nos incita a segui-lo, como se soubesse o caminho, e voltamos a andar, a andar. E estamos sempre onde estivemos e onde estaremos, ontem, hoje, amanhã. Já nem queremos a saída, queremos o fim, queremos o minotauro, e o buscamos agora, com nossas últimas forças. Quando pressentimos que também o minotauro, assim como a saída, não existe, a vida faz soar um mugido, um grito, um chamado que nos faz voltar a andar, a andar, oferecidos em sacrifício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário