O amor brincou comigo, como um gato com um rato. Atirou-me para um canto, foi buscar-me, jogou-me para outro, foi pegar-me, deixou entreaberta a porta, fingiu que me daria a liberdade, retomou-me, deixou-me quase morto, reanimou-me uma, duas vezes. Um dia, não suportando mais a humilhação e a dor, morri. Mas ele me conserva ainda ao seu alcance, e é em mim que afia as garras, apesar do meu aspecto e do meu cheiro.
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