O que restou do amor foram as queixas, as lágrimas, os apelos, as juras negadas e renegadas. O que restou do amor foram as frases, tão banais, agora que não arde mais a paixão nelas. O que restou do amor são as noites calmas, sem as insônias provocadas pelas falsas esperanças. O que restou do amor são os bocejos longos, tão ignóbeis quanto as eructações. O que restou do amor é tão deplorável, tão vazio, tão chocho, que hoje é difícil acreditar que alguém tenha pensado em pular do viaduto por ele. O que restou do amor é indigno dele.
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