Se tu instrumento fosses
Do qual eu dominasse a arte,
Que notas, ah, que sons doces
Extrairia ao tocar-te.
E que terna melodia
Se eu dedilhar-te soubesse
De teu corpo eu tiraria
Se ao meu toque ele se desse.
Mas atingir esse enlevo
Eu jamais conseguirei,
Sei muito bem, de antemão.
Não me atrevi, não me atrevo
E nunca me atreverei
A pôr em teu corpo a mão.
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