"Dizer finalmente, definitivamente, inequivocamente, que pode ter sido louco, irracional, ridículo até, e censurável, mas que foi amor, sim, todo o tempo, e que, se um reparo merece, é não ter sido ainda mais louco, irracional, ridículo e censurável. Faltou-lhe isso, essa coragem, esse dever de se proclamar. Teria acabado já, provavelmente, porque o amor não é feito para durar, mas seria muito menos triste vê-lo ferido e estropiado do que observá-lo assim, rendendo-se com as mãos bem para o alto, sem um arranhão no corpo e ostentando, no rosto, o abjeto sorriso de quem foi readmitido no grupo social. Uma medalha para ti, outra para mim. Nós as merecemos."
Nenhum comentário:
Postar um comentário